A doença hemolítica perinatal (DHPN), também chamada de eritroblastose fetal, caracteriza-se como afecção generalizada que se acompanha de anemia, destruição das hemácias e presença de suas formas jovens ou imaturas na circulação periférica fetal (eritroblastos), com atividade persistente e anômala de focos extramedulares de hematopoese.

Em 1931, Diamond et al., através de observações pessoais, concluíram que a eritroblastose fetal estava associada com edema fetal, hiperbilirrubinemia e anemia neonatal.

Darrow, 1938, propôs que a gênese dessas alterações se devia à passagem de anticorpos maternos, através da placenta, que teriam a capacidade de interagir com os eritrócitos fetais, destruindo-os. Tratava-se portando da primeira afirmativa acerca da etiologia aloimune da DHPN.

Com o passar do tempo, muitos antígenos eritrocitários têm sido descritos, mas somente alguns têm importância clínica relevante. Cerca de 98% dos casos de DHPN são causados por incompatibilidade ABO ou Rh, cabendo apenas 2% aos outros antígenos de membrana eritrocitária.

Muito embora não seja objetivo principal deste capítulo, devemos sinalar que o melhor cuidado que podemos dispensar às gestantes potencialmente candidatas a exibirem conceptos com DHPN é evitando o seu aparecimento através da eficiente profilaxia pela administração de imunoglobulina anti-Rh na 29a semana de gestação, no pós-parto e após procedimentos invasivos…

 

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