Introdução

A ultra-sonografia tridimensional tem sido utilizada há vários anos, mas mesmo assim os debates continuam sobre a sua real aplicação clínica em ginecologia e obstetrícia.

A reconstrução da superfície da face fetal, através do modo de renderização, foi erroneamente eleita pela mídia como o melhor do 3D. Apesar de ser a mais utilizada para as pacientes em obstetrícia, não necessariamente é a mais importante. Não há dúvida de que a imagem da face fetal intra-útero realmente impressiona, mas esta técnica ainda necessita de mais aceitação entre os especialistas em medicina fetal.

Em ginecologia a ultra-sonografia tridimensional tem mostrado aplicações mais significativas na rotina diária.

Técnica

Nos aparelhos atuais de ultra-sonografia tridimensional, o processamento da imagem 3D é feito através de uma varredura bidimensional automática, com agrupamento computadorizado das imagens, ordenadas de modo a formar um bloco digitalizado, que possa ser manipulado de forma a permitir novos planos de corte, reconstituição de superfície e pós- processamento.

 

Possibilidades do 3d

  • Possibilidade de se avaliar planos alternativos como corte inclinado, corte frontal e 90o, principalmente em ultra-sonografia transvaginal e transretal, em que temos menor mobilidade do transdutor.
  • Reconstrução de planos obtidos em janelas mais favoráveis.
  • Avaliação adequada de planos superficiais.
  • Estudo preciso do volume dos órgãos.
  • Armazenamento do bloco volumétrico com avaliação posterior (pós-processamento).
  • Aumento do ganho diagnóstico assim como uma melhor documentação em determina-
    das situações.
  • Função VOCAL (Análise Virtual do Órgão por Computador).

 

Acreditamos que no momento atual o ultra-som 3D deva ser um complemento da ultra- sonografia bidimensional, em casos selecionados.

 

3D em Obstetrícia

Classicamente indicada em torno de 28 semanas, tem na verdade sua maior utilidade na avaliação da superfície fetal, melhorando a compreensão do tipo e da extensão de deter- minadas anomalias.

Não devemos deixar de ressaltar a sua precariedade na avaliação de estruturas internas do feto.

3D em Ginecologia

  • A possibilidade de se avaliar planos alternativos como corte inclinado, frontal e 90o, principalmente em ultra-sonografia transvaginal, em que temos menor mobilidade do transdutor.
  • Estudo preciso do volume dos órgãos.
  • Armazenamento do bloco volumétrico, de forma que possamos fazer uma avaliação posterior.
  • Utilização do Power-Doppler na avaliação da angio-arquitetura do órgão.

3D e a Mama

  • A mamografia ainda é o método de imagem de eleição no rastreamento do câncer de mama.
  • Corte Frontal: plano de corte virtual e impossível de se realizar com a ultra-sonografia bidimensional.
  • Corte frontal: o tumor benigno tem padrão compressivo e o maligno padrão retrátil.
  • Vantagem de ser indolor, não irradiar, melhor para pacientes jovens e possibilidade de uso do Power-Doppler na pesquisa da angio-arquitetura das mamas.